As caminhadas tornaram-se constantes nas vidas das pessoas. É um bom exercício, uma ótima distração. Sozinhas ou acompanhadas, caminhar permite estar ao ar livre, apreciar detalhes que costumeiramente não reparamos ao nos deslocarmos para resolver nossas atividades. Ainda mais: relaxadas, andando descontraídas, vamos repassando situações da vida que, às vezes não temos tempo disponível para refletir enquanto cumprimos nossos compromissos.
Comigo acontece muito disso tudo que mencionei acima. Primeiro, gosto muito de estar ao ar livre. Caminhar por ruas arborizadas é aprazível. Como o passeio pode ser realizado publica e livremente, aproveito essa oportunidade. Realmente, eu o faço sempre que me seja possível. Ainda mais que tenho próximo de minha casa uma espécie de parque, o Passeio Público, o primeiro parque da cidade, inaugurado em 1886. O Passeio Público de Curitiba foi uma iniciativa do presidente da província, o carioca Alfredo d’Escragnolle Taunay, para sanar os problemas do terreno, que era um banhado. Contou com a contribuição e apoio de Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, e Francisco Fasce Fontana, empresários ervateiros. O engenheiro responsável foi João Lazzarini, que lealmente iniciou e finalizou o projeto. Atualmente reformado, é um espaço paradisíaco em pleno centro urbano, circundado por ruas movimentadas e prédios novos e antigos. Com partes do projeto original preservadas e toques de modernidade, o Passeio Público de Curitiba é encantador, destinado ao passatempo de pessoas de todas as idades.
Assim, eu caminho no Passeio Público durante meu tempo livre. Lá não é somente caminhar. O local tem lago, aves e muitas árvores. Bancos espalhados para os visitantes. Parquinho para as crianças brincarem. Escorrega, balanço, gangorra e outros tipos de brinquedos que estimulam a atividade física dos pequenos. Uma zoeira de crianças a correrem junto com amiguinhos, enquanto mães cuidadosas observam seus filhos e conversam entre si. Na realidade, distração para todos.
Pipoqueiro e sorveteiro que não poderiam faltar. Também há um local fechado para a exposição de cobras (serpentário ou viveiro de cobras). Em outro espaço, ao ar livre, homens maduros tem à sua disposição mesas e banquinhos de cimento onde podem jogar xadrez e outros jogos de tabuleiro, durante a tarde. Estão sempre lá. Encontram amigos, companheiros de jogos e sobretudo se distraem. Alguns em torno das mesas de cimento observam o jogo daqueles que se empenham em vencer os adversários.
Caminho observando todos esses aspectos. Quem são aquelas pessoas que impreterivelmente estão lá, atentos aos jogos, exceto nos dias de chuva, acredito eu, pois também não vou lá. Igualmente, chama-me a atenção o local cercado para os cães brincarem. Eles se socializam! Brincam uns com os outros, enquanto seus donos conversam.
Cruzo com pessoas que caminham rápido ou devagar, que correm, que se alongam ou se exercitam nos aparelhos destinados às atividades físicas. Há o pessoal que vem visitar, conhecer o parque, ver as aves expostas. As araras são lindas, coloridas e muito atraentes.
A pista para bicicleta circunda o Passeio Público. Durante a semana é grande a movimentação dos que querem se exercitar. Aos sábados e domingos os visitantes vão para passear e usufruir do espaço aprazível.
No período natalino, há o Auto de Natal uma apresentação atrativa para todas as idades. Carrossel para as crianças e árvore de Natal iluminada para colorir a noite.
Plantas bem cuidadas, árvores frondosas, caminhos e espaços limpos esbanjam receptividade para quem gosta de usufruir do Passeio que é Público!
FERIADO
Com folga assisto tevê
O livro fica de lado
Assim ninguém o vê
O sol me chama
Para uma longa caminhada
Sem hora marcada
Aprecio a paisagem do Passeio Público
Ainda vazio de pessoas
Pleno e pujante de natureza
Continua meu feriado
À vagarosidade submisso
Nenhum compromisso
Maria Teresa Freire
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